A biografia de Domitila de Castro do Canto e Melo, a marquesa de Santos (1797-1867), mistura-se com a vida política e social brasileira da Colônia ao Segundo Reinado e insere-se na cidade de São Paulo, onde traços de sua passagem em seu tempo ainda podem ser encontrados em nosso espaço. O marco zero dessa personagem, que se confunde com o marco zero da cidade, é o próprio Solar da Marquesa de Santos, que serve de bússola e orienta o visitante para outros pontos de sua trajetória na cidade e em nossa história.
Mais do que os símbolos físicos, como o Solar, a Rua da Figueira, o Cemitério da Consolação, a Faculdade de Direito de São Paulo, sua presença é lembrada por obras de benemerência, como a doação de uma casa para servir de enfermaria no combate à epidemia de cólera que assolava a cidade e o Brasil. A curadoria buscou, com a ajuda de documentos textuais e iconográficos, revelar as várias facetas dessa paulistana do século 19, bem como sua inserção no espaço da cidade de sua época, e mostrar como alguns desses cenários se apresentam na São Paulo contemporânea, quase 200 anos depois.
Paulo Rezzutti
Curador
©Francisco Pedro do Amaral (atribuído). Marquesa de Santos, 1820. Acervo Museu Histórico Nacional.
A São Paulo da Marquesa de Santos: Cumplicidade de um Cenário
Curadoria: Paulo Rezzutti
Solar da Marquesa de Santos
Rua Roberto Simonsen, 136 – Sé – São Paulo – SP (próximo à estação Sé do metrô)
27 de fevereiro de 2021 a 18 de setembro de 2023
Terça a domingo, das 9 às 17h.
Entrada gratuita, sem necessidade de agendamento ou retirada de ingresso.
Serviço educativo disponível
Intérprete em libras disponível, com agendamento prévio a partir do e-mail: educativomuseudacidade@gmail.com
©Monica Caldiron, 2021