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OLHAR DE JOÃO PRESERVA 84 MIL NEGATIVOS | EM BOLETIM DA BIBLIOTECONOMIA

Sou João de Pontes Junior, Bibliotecário e Mestre em Ciência da Informação com ambas as formações realizadas por meio da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Essa profissão, a qual escolhi e escolheria novamente, me proporcionou muitas experiências além do ambiente de uma Biblioteca.
Inicio em 2001 trabalhando no SESC SP – Unidades Campinas e Pinheiros, onde foi possível gerenciar a Biblioteca que, além dos trabalhos usuais de processamento técnico, permitia ainda realizar programações voltadas para a literatura, tais como contação de história, música, teatro, vídeos, cultura digital e toda programação realizada enquanto Bibliotecário. Buscando novos desafi os e conhecimentos, no ano de 2009, quando ingressei na Prefeitura da Cidade de São Paulo/Secretaria Municipal de Cultura, escolhi trabalhar como Bibliotecário no Museu da Cidade de São Paulo, onde fui e sou responsável pela coordenação técnica do Acervo de Fotografia, composto por 84 mil negativos fotográficos nos suportes vidro e acetato, datados de 1860 até 1990, tendo fotógrafos importantíssimos para a história da fotografia brasileira, tais como Militão Augusto de Azevedo, Aurélio Becherini, Aristodemo Becherini, Guilherme Gaensly, Benedito Junqueira Duarte, Ivo Justino, Chico Vizzoni entre outros.
Esse acervo foi iniciado em 1935, na gestão do Prefeito Fábio Prado, tendo à frente do então recém-criado Departamento de Cultura ninguém menos que Mário de Andrade. Na organização e produção de novas fotografias para o acervo, estava o renomado fotógrafo Benedito Junqueira Duarte (BJ Duarte). Realizar o trabalho de conservação (higienização e acondicionamento), catalogação, indexação, digitalização, pesquisa e preparação das informações para inserção nas plataformas digitais (Banco de dados e Portal de Acervos), além do controle das Reservas Técnicas (Umidade Relativa e Temperatura) nesse acervo, é de um orgulho sem precedentes. É desvendar a cidade e seus territórios desse Museu de Cidade; é saber que estou à frente de um dos mais importantes Acervos fotográficos da cidade de São Paulo, que guarda a história e a memória de uma cidade que está em constante transformação, arquitetônica, urbanística, paisagística e social; é saber e ter a consciência de que talvez a Biblioteconomia seja a única profissão que permite ao profissional Bibliotecário percorrer e ter contato com todas as áreas do conhecimento seja por intermédio de Bibliotecas, Centros de Documentação, Museus, Arquivos entre outras instituições que trabalham com as diversas tipologias de acervos. Utilizando para isso todo o nosso vasto conhecimento adquirido nas Universidades/ Faculdades, Escolas de Biblioteconomia e toda a literatura disponível em livros e periódicos da área.

Confira no link:

http://repositorio.cfb.org.br/bitstream/123456789/1339/1/Boletim%20CFB%20junho%202019.pdf

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