HISTÓRIA, ACERVOS E TERRITÓRIO
Entre o tangível e o intangível: os acervos de História Oral e Documental do MCSP
Eixo Temático Museologia
Dia 22 de outubro de 2019, das 9 às 16 horas
Solar da Marquesa de Santos
Rua Roberto Simonsen, 136 – Sé – São Paulo (SP)
Dando sequência à nossa programação, inaugurada em 16 de abril de 2019, apresentamos o terceiro evento da série O Museu da Cidade: história, acervos e território, que abordará dois dos cinco acervos operacionais do Museu da Cidade de São Paulo: história oral e documental. A proposta da ação, além de apresentar e contextualizar historicamente a formação desses acervos é propor reflexões sobre a memória (presença e invisibilidades) do território paulistano a partir da interlocução entre essas coleções.
PROGRAMA 22/10
9h30 Credenciamento (inscrições no dia do evento, por ordem de chegada).
9h50 Abertura
10h Painel 1: História Oral: a valorização da experiência humana.
Quando pensamos em patrimônio cultural urbano, não se visualiza apenas a edificação, o monumento isolado, testemunho de um “momento”, objeto singular do passado, mas torna-se necessário, antes de tudo, reconhecer que todos os povos produzem cultura e que cada indivíduo tem uma forma diferente de se expressar. Cabe ao museu o respeito dessa diversidade cultural, permitindo estratégias de registro, valorização e difusão de uma visão mais ampla do processo histórico-cultural da cidade. Palestrantes: – Luiza Giandalia (Memorial da Resistência de São Paulo) – Soraya Gazal (Grupos de Convivência da 3ª Idade / Prefeitura de São Paulo) Mediação: – Rafael Itsuo (Museu da Cidade de São Paulo)
11h30 Debate
12h Almoço (por conta do participante)
14h Painel 2: O acervo documental e sua importância para a preservação da memória institucional
É reconhecida a necessidade de preservação das fontes de pesquisa contidas em documentos produzidos ao longo dos anos pelas instituições museológicas. Essa massa documental pode ser de grande utilidade para consultas de pesquisadores e auxiliar no desenvolvimento de novas ações museológicas. O painel pretende discutir estratégias de gestão e possibilidades de utilização desse acervo
Palestrantes: – Solange de Souza (Centro de Memória da Universidade Estadual Paulista) – Emília Maria de Sá (Centro de Documentação do Museu da Cidade de são Paulo) Mediação: -Leonardo Sá Miranda (Arquivo Público Municipal de São Paulo)
15h30 Debate
16h Considerações finais e Encerramento
PROGRAMAÇÃO COMPLETA DA SÉRIE HISTÓRICA
O MUSEU DA CIDADE: HISTÓRIA, ACERVOS E TERRITÓRIO
16 e 17 de abril O Museu da Cidade e a representação do território
Percurso institucional, desafios de gestão de acervos e ações extramuros
18 de junho A cidade como acervo operacional
Memória social, políticas de patrimônio e planejamento urbano
Lugares de memórias difíceis e narrativas periféricas
20 de agosto A Formação do acervo institucional do Museu da Cidade
O Departamento de Cultura e a formação da coleção fotográfica
O IV Centenário e a Formação das coleções de bens móveis e arquitetônicas
22 de outubro Entre o tangível e o intangível
Os acervos de História Oral e Documental do Museu da Cidade
10 de dezembro O Educativo do Museu da Cidade (em desenvolvimento)
Origens e desafios contemporâneos
O MUSEU DA CIDADE
O Museu da Cidade de São Paulo, instituição pública vinculada ao Departamento dos Museus Municipais da Prefeitura Municipal de São Paulo, caracteriza-se como uma instituição polinucleada, configurada por uma estrutura em rede distribuída pelo território e composta por monumento, logradouro e edificações históricas tombadas. Para além desse acervo arquitetônico, o Museu da Cidade conta ainda com os acervos fotográfico, documental, de bens móveis históricos e de história oral.
Entretanto, o Museu da Cidade nos coloca frente ao desafio de tratar como acervo operacional uma cidade-capital, sede da Região Metropolitana e considerada como uma das capitais mundiais. Caracterizada por um intenso e acelerado processo de construção e transformação urbana, resultante da efervescência econômica do Estado, a cidade de São Paulo acabou por transformar-se em um dos principais polos atrativos de fluxos migratórios internos e externos. Essa combinação de povos e culturas é o que faz de São Paulo uma cidade marcada por uma vitalidade cultural diversificada, que lhe confere, também, o caráter de polo difusor de cultura.
Nesse sentido, cabe ao Museu da Cidade de São Paulo, por meio das suas ações museológicas, estabelecer uma relação articulada com as dinâmicas da vida urbana a fim de compreender seu território e atuar sobre ele com o objetivo de promover o sentimento de pertencimento, a valorização da cidade e a inclusão de distintos sujeitos culturais. Do mesmo modo, sua organização em rede, composta por unidades distribuídas pela cidade, possibilita a esse museu uma atuação simultânea em diferentes pontos de um território dotado de múltiplas centralidades.
Tendo em vista os desafios que nos são apresentados por essa tipologia de museu, demos início ao projeto Diálogos no Museu da Cidade, que tem por objetivo promover ações culturais que cumprem o objetivo de registrar sua história institucional, a formação e consolidação dos seus acervos e a valorização das suas diversas possibilidades de atuação sobre o território no qual está inserido.
O PROJETO DIÁLOGOS NO MUSEU DA CIDADE
Lançado em abril de 2019, o projeto Diálogos no Museu da Cidade foi estruturado a partir de curadoria compartilhada entre os setores da Museologia, Curadoria, Educativo e Arquitetura do museu com o objetivo de apresentar a sua história institucional e, sobretudo, destacar o seu papel social como espaço público privilegiado para as necessárias reflexões sobre as dinâmicas culturais e sociais da cidade de São Paulo.
Nesse sentido, o projeto Diálogos no Museu articula as diferentes ações culturais em desenvolvimento no âmbito do Museu, buscando estruturar as ações curatoriais; oferecer suporte à produção de conteúdo para as futuras exposições; promover a reflexão sobre as exposições em cartaz; desenvolver ações extramuros da instituição (expedições, exposições, caminhadas, dentre outros); estimular a pesquisa acadêmica, interna e externa, a partir dos seus acervos institucionais; e promover a aproximação do museu com as comunidades acadêmica e museológica e a população da cidade sobre a qual a instituição atua, de modo a exercer todo o seu potencial institucional no processo contínuo e dinâmico de construção da cidade física e simbólica.