Os principais fatores da Revolução de 1817 em Pernambuco foram a independência das colônias espanholas da América do Sul, a independência dos Estados Unidos, as idéias de liberdade que vinham se propagando desde o século anterior em todo Brasil. Isso se deu devido à ação das sociedades secretas, que pretendiam a libertação da colônia e o desenvolvimento da cultura em Pernambuco, por influencia do Seminário de Olinda. Os principais personagens dessa Revolução foram Domingos José Martins, Domingos Teotônio Jorge Martins Pessoa, Antônio Carlos Ribeiro de Andrade, padre João Ribeiro Pessoa, padre Miguel de Almeida Castro, entre outros.
A Inconfidência Mineira foi uma conspiração que ocorreu em 1789 em Vila Rica, hoje Ouro Preto. Entre os fatores que determinaram o movimento destacam-se os excessos cometidos pelas autoridades escolhidas pelo governo português para administrar a região das minas, a decadência da produção de ouro, que se acentuou a partir de meados do século XVIII e, ainda, o sistema de cobrança dos quintos devido à Coroa. Quando o ouro entregue não perfazia 100 arrobas (cerca de 1500 quilos), era decretada a derrama, ou seja, o que faltasse seria cobrado de toda a população, pela força das armas. Os excessos cometidos pelas autoridades por ocasião da derrama levaram o povo ao desespero. A conspiração se deu devido às idéias de liberdade trazidas por estudantes brasileiros que tinham realizado cursos superiores na Europa e, sobretudo, pelo conhecimento da independência dos Estados Unidos, cujos colonos, revoltados também contra o sistema fiscal de sua metrópole, tinham se libertado da Inglaterra. Os principais personagens foram Cláudio Manuel da Costa, Inácio José de Alvarenga Peixoto, Tomás Antônio Gonzaga e Tiradentes.
Patriarca da Independência, nasceu em Santos, São Paulo, em 13 de junho de 1763. Formou-se na Universidade de Coimbra em Filosofia e Direito Civil. Após retornar ao Brasil, tornou-se figura de projeção política em 1821, como vice-presidente da Junta Governativa de São Paulo. Chefe do Ministério de D. Pedro I, Bonifácio planejou a separação de Portugal e influenciou o Príncipe a fazê-la.
Em 1823, junto com seu irmão Martim Francisco, afastou-se dos Conselhos da Coroa iniciando oposição a D. Pedro I. Eleito para a Assembléia Constituinte teve sua prisão decretada e foi deportado para a Europa. Voltou ao Brasil em 1829 e foi morar na Ilha de Paquetá. Reaproximou-se do Imperador que, em 1831 ao abdicar da Coroa, nomeou-o tutor do seu filho, o futuro D. Pedro II.
A história de seu nascimento não é exata. Teria nascido em São Paulo, no dia 17 de agosto de 1784. Foi professor de geografia, francês e história nas vilas vizinhas de Guaratinguetá, Campinas e Parnaíba; mais tarde estabeleceu-se em Itu, na comunidade dos “Padres do Patrocínio”.
Em 1821 foi eleito deputado por São Paulo nas Cortes de Lisboa onde fez um discurso em favor da Independência do Brasil e teve que fugir para a Inglaterra, regressando ao Brasil após a proclamação da independência em 1822. Foi contra a Constituição de 1824 e a crise se instalou até 1831 com a abdicação de D. Pedro em favor de seu filho D. Pedro II.
Até a maioridade de D. Pedro II o Brasil foi governado por Regentes. Sua posição liberal o fortaleceu para se tornar Regente do Império em outubro de 1835. Fundou o Partido Progressista que deu origem ao Partido Liberal, renunciou em 19 de setembro de 1837. Participou da Revolta Liberal em 1842. Morreu em 10 de novembro de 1843 em São Paulo.
Nasceu em 13 de agosto de 1774, na Colônia do Sacramento, atual República do Uruguai. Quando criança, veio com a família para Pelotas e depois Porto Alegre. Formou-se em Direito e Filosofia na Universidade de Coimbra em 1798. Foi encarregado então, pela Coroa Portuguesa, para conhecer novas técnicas industriais nos Estados Unidos. Em 1801 foi nomeado para a Imprensa Real quando foi para Inglaterra e França. Em 1802 foi preso pela Inquisição durante três anos acusado de disseminar a maçonaria. Fugiu para a Espanha, Gibraltar e Londres, onde se estabeleceu definitivamente. Passou a editar o primeiro jornal brasileiro “O Correio Braziliense“, onde defendia idéias liberais e os acontecimentos de 1821 e 1822, data da Independência do Brasil, quando encerrou a publicação do jornal.
Morreu em Londres, em 11 de setembro de 1823.
Nasceu em 11 de dezembro de 1771 no Rio de Janeiro. Estudou em Coimbra, mas não terminou os estudos por causa de sua saúde fraca. Em 1821 foi eleito para a Assembléia Constituinte, onde incitou o povo contra as autoridades portuguesas. Ganhou a confiança do Imperador D. Pedro I, mas entrou em conflito com os irmãos Andradas. Em 1827 fugiu para Buenos Aires por estar envolvido em um complô contra os Andradas.
Quando D. Pedro abdicou em 1831, Ledo se retirou da política, voltando em 1835, quando foi eleito deputado pela província do Rio de Janeiro. Em 1847, se retirou definitivamente da política e morreu em 19 de maio de 1847 em Macacu, Rio de Janeiro.