As paisagens críticas de Adrián Balseca
Ao investigar questões socioambientais de seu país, o trabalho do equatoriano Adrián Balseca trata de temas comuns ao Brasil e a todo o continente latino-americano. Com foco nos impactos dramáticos das dinâmicas extrativistas na Amazônia, o artista nos provoca a ver e a pensar de modo amplo sobre o avanço catastrófico que a modernidade realiza na natureza e a falência desse modelo.
Ocupando uma das unidades do Museu da Cidade de São Paulo – a Casa do Sertanista (que em breve terá seu nome substituído por Casa do Caxingui) –, Balseca apresenta em Plantasia Oil Company o tenso diálogo entre paisagens selvagens e domesticadas. A escolha do local não é aleatória, uma vez que nesse espaço o Museu busca acolher ações voltadas às temáticas da arte e da cultura dos povos originários.
Resultado da parceria institucional entre o Museu e a Fundação Bienal de São Paulo, o trabalho integra a proposta de apropriação da cidade, uma das marcas dessa edição da Bienal, que tem o instigante título Faz escuro mas eu canto.
Com esta exposição o Museu da Cidade de São Paulo mais uma vez se alinha à visão de que a arte configura uma esfera de resistência e transformação frente aos desafios da atualidade.
Marcos Cartum
Diretor
Departamento dos Museus Municipais
Museu da Cidade de São Paulo
PLANTASIA OIL COMPANY | Adrián Balseca
Curadoria: Gabriela Rios
Casa do Sertanista (Caxingui) | Museu da Cidade de São Paulo
Praça Ênio Barbato, s/n – Caxingui, São Paulo – SP, 05517-040
21 de agosto de 2021 a 5 de dezembro de 2021
Terça a domingo, das 10h às 16h.
Entrada gratuita, sem necessidade de agendamento ou retirada de ingresso.
Serviço educativo disponível.
Intérprete em libras disponível, com agendamento prévio a partir do e-mail: educativomuseudacidade@gmail.com
Série PLANTASIA OIL Co., 2021. Cortesia do artista.